Esta semana fiquei doente. Como há tempos não me permitia. Três dias de molho quase absoluto. Sei de uma série de fatores que me levaram ao esgotamento físico. O estresse, problemas na família, preocupações, dúvidas etc. Sim, os motivos são inúmeros e os temos aos montes em nossas vidas. Só não adoecemos o tempo todo por que relevamos aqui, sublimamos ali, processamos e resolvemos internamente acolá e assim vamos levando nossa vida.

Já com alergia há mais de uma semana e melhorando, culminou com um resfriado “inesperado” por causa de uma enorme friagem ou deveria mesmo dizer ‘geladagem’ que peguei na manhã de um sábado gelado de São Paulo, muito mal agasalhada. Já foi! Mas o que me derrubou mesmo, me levou literalmente a nocaute foi um sentimento, uma palavra, uma ideia para a qual eu não estava preparada.

Quero dizer é que nunca, nunca mesmo as nossas doenças físicas chegam antes das doenças emocionais. Nunca quer dizer nunca! Quando ficamos doentes fisicamente, é certo que algum mecanismo de nossa defesa emocional foi violado. Ficamos abertos, não conseguimos nos proteger ou por não entendermos de onde vem ou por não estarmos prontos ainda para entender. Não importa. É assim que acontece. Claro que ninguém quer ficar doente e não fazemos de propósito, mas devemos nos perguntar sempre: “Por que estou doente? De onde vem isso? Qual o motivo?” A resposta sempre vem e , geralmente, é a primeira que você imagina. Não é a friagem, o vírus ou o degrau que lhe fez cair e quebrar o pé, acredite.

A garganta é um canal pelo qual você se alimenta e também expressa seus sentimentos. Analogamente, você recebe e repassa sua vida por ela. Entrada e saída. Quando ela está inflamada, dolorida, fechada, relaciona-se com a aceitação ou a negação de sua realidade, daquilo que você quer ou não ”engolir” e também pode estar ligada a algo que você quer dizer e não diz!

Tosse também acontece quando você quer dizer algo e não diz ou não consegue se fazer ouvir, assim também quando não consegue engolir algo. Uma forma de expressar frustração, irritação.

O ouvido. Os ouvidos tem muito a ver com nosso ego, nosso orgulho. Posso até relacionar ao texto que escrevi anterior a esse sobre orgulho. O que ouvimos que tanto nos afeta? Que deixamos nos afetar? Ouvidos entupidos, doloridos. Alguma dúvida sobre não querer ouvir?

Coriza? Lágrimas antigas e contidas. Tristeza.

A lista pode ser longa para uma simples gripe ou resfriado. Resfriados constantes? Pode crer que não é o ar condicionado do escritório. É mais fácil quando olhamos externamente; o problema é que isso não resolve e a intoxicação com medicamentos antigripais só enriquece os laboratórios.

É necessário que cada vez mais purifiquemos os nossos canais de comunicação internos, precisamos nos sentir mais, nos ouvir mais. Nos cuidar mais e com mais carinho. Como? Ouça o que seu coração diz a você. Processe, se perceba, procure entender e não ignore. Essa é a melhor forma de discutir a relação com você mesmo.