Mulheres merecem cortejo

domingo, 13 abril 2008, 20:06 | | 3 comentários
Postado por Fábio Betti 

Confunde-se facilmente cavalheirismo com cortejo. Cortejo pode tanto ser empregado para descrever algo pesado, solene como uma procissão, quanto para o ato de flertar. Flerte é outra palavra que, possivelmente, escapa ao dicionário de quem tem menos de 20, 25 anos. Os verbos cortejar, flertar e galantear foram aos poucos sendo substituídos por paquerar, azarar e cantar – este último, mera gíria para despistar o verdadeiro objetivo: seduzir.

Já cavalheirismo tem a ver com nobreza, gentileza, delicadeza, distinção. É característica básica do cavalheiro, que é como se definia o homem de sentimentos e ações nobres. O cavalheirismo podia ou não estar relacionado à arte de sedução, mas, diferentemente desta, cabia em qualquer situação onde houvesse um homem – cavalheiro – e qualquer outra pessoa e, em especial, crianças, moças e senhoras, um público normalmente mais carente da proteção do cavalheiro. Cavalheirismo estava diretamente relacionado à educação, tanto é que também se empregava o termo para descrever o comportamento do homem de boa sociedade, de educação esmerada, cortês.

A disputa feminina por um lugar ao sol, muitas vezes, disassociada da energia feminina, e a dificuldade masculina de entender e aceitar esse movimento funcionaram como traças que foram corroendo aos poucos as bases do cavalheirismo e do cortejo.
 
A igualdade não ficou apenas nos direitos. Buscou-se – busca-se! – a impossível igualdade entre os sexos, como se as mulheres, de repente, só pudessem ser felizes quando conquistassem a natural agressividade do pênis e os homens o acolhimento passivo da vagina. Na verdade, é disso mesmo que os dois gêneros precisam para se completarem, só que é o outro gênero a única possibilidade de uma resposta satisfatória. Nenhuma mulher conseguirá ter um pênis de verdade, assim como um homem com uma vagina não passa de um transexual com uma fenda artificial onde antes havia um autêntico e potente órgão sensorial.

Apregoa-se que o ser humano completo é o que consegue reunir a penetrante energia masculina e a receptiva energia feminina. Homens e mulheres são incitados a partir nessa corrida maluca para ver quem chega na frente, ou melhor, para ver quem consegue se transformar primeiro nesse estranho ser meio homem, meio mulher. Nada mais natural, portanto, que nos deparemos com aberrações: mulheres executivas que agem como verdadeiros coronéis e homens que renunciam a seu poder protetor para que aflorem suas qualidades femininas.

Resultado: está todo mundo pirado! Vivemos em guerra contra nosso código genético, ignorando que mulheres precisam – e, no fundo, esperam – cortejo e proteção por parte dos homens e que homens precisam – e desejam – mulheres que permitam ser penetradas por sua força masculina, a força-base da conquista, do cortejo e – por que não? – do cavalheirismo.

Em todas as espécies, é assim que funciona, mas – claro! – somos “A Espécie”, seres tão mais evoluídos que todos os outros animais, que nos sentimos prontos para ignorar nossa natureza primitiva.

A pergunta, no entanto, que se deve fazer é: estamos realmente felizes em seguir nessa direção? A boa notícia é que, se você realmente sentir que pegou o caminho errado, ainda há tempo de fazer uma nova escolha. Certamente, haverá alguma mulher que, nesse momento, também se faz a mesma pergunta e imagina como seria bom ser cortejada por um cavalheiro à moda antiga.

3 comentários para “Mulheres merecem cortejo”

  • Pauline disse:

    Texto MARAVILHOSO! De fato somos diferenças, e ao invés de aceitar essas diferenças, os sexos tem tentado se igualar, isso não existe, isso é natureza! O caminho e a dificuldade está em aceitar essas diferenças e aprender a conviver em harmonia com elas.

  • Fábio Betti disse:

    É verdade, Pauline. Precisamos parar com essa coisa insana de ter que ser algo que nossa natureza nos impede de ser. Mulheres são mulheres porque têm mais energia feminina do que masculina, e homens são homens justamente por possuirem mais energia masculina do que feminina. Inverter esse jogo é, no mínimo, burro. O máximo que podemos fazer é aceitar as diferenças e aprender um pouco com o outro lado a dosar nossa energia dominante. That’s it!

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