Meu corpo e eu (coisas de homem)

sábado, 06 junho 2009, 21:08 | | 2 comentários
Postado por Fábio Betti 

Nasci uma bolota de mais de 4 quilos. Na época, a cesariana era a última opção, por isso só vim ao mundo com a ajuda de um objeto praticamente medieval chamado fórceps. Tadinha de minha mãe! Mas logo deixei a obesidade para trás e cresci sempre magrinho, magrinho.

Até que… casei! Além de mulher e filhos, ganhei uma barriguinha que se instalou em minha vida e, pelo visto, para nunca mais me deixar…

O nariz grande vem da origem italiana, o cabelo crespo cheio de redemoinhos não sabe o que é um pente há décadas, a idade vai aumentando junto com os pelos nas orelhas e no nariz. Pelo menos, os primeiros óculos fundo de garrafa – gente, eu juro que as lentes eram verdes! – agora são mais “fashion”, com lentes high-tech que disfarçam os cinco graus de hipermeotropia, mais uns tantos de astigmatismo e a presbiopia, que apareceu junto com os quarenta anos.

Mas o que me incomoda mesmo nesse corpo que Deus me deu e eu, na medida do possível, procuro cuidar, é essa barriguinha. Me pergunto de onde ela veio…

Será que é por causa da cerveja? Bem, só tomo minhas loiras aos fins de semana.

Não sou de comer em grandes quantidades, se bem que parto, vez ou outra, para ataques noturnos à geladeira.

E, mais do que tudo, malho duro com meu “personal torturer”. Sofro os diabos com os abdominais e o melhor resultado que obtenho é um abdômen – o nome mais bonito que inventaram para a barriga – rígido. O tamanho, levemente porém evidentemente protuberante, não se altera.

Faço 30 minutos de esteira duas vezes por semana. Suo de formar poça no chão. Vejo no visor do equipamento: 550 calorias! E a barriga continua lá, imponente, impassível. Será que fui abduzido e estou grávido de algum ET?

Todo mundo tem alguma encanação com seu corpo, algo que, se pudesse, mudaria. Eu mudaria minha barriga para um endereço longínquo. Já a perdi inúmeras vezes, mas estou sempre tirando segunda via. Me pergunto de onde vem essa obsessão pela barriga tanquinho. Acho que ando assistindo demais à televisão ou, quem sabe, esteja na hora de parar de folhear a “Caras” no consultório médico.

Aí penso: se eu fosse mulher, teria que me preocupar com cabelo, pele, depilação, unhas, celulite… ufa! Graças a Deus, vim ao mundo com um cromossomo X e outro Y. E só uma barriguinha com o que me preocupar.

2 comentários para “Meu corpo e eu (coisas de homem)”

  • É, mesmo assim se alguém descobrir como fazê-la deixar de existir, sem tanto sofrimento avisa. Enquanto isso temos que garantir, barriginha é macia (falei inha !!!), e tanquinho é algo disforme com a natureza.
    Abraços.
    Michel

  • Fábio Betti disse:

    A vantagem, caro Michel, é que, depois de uma certa idade, você não precisa mais se sentir preso a certos padrões estéticos e pode até tirar um sarro de sua barriguinha, com inha no final, é claro! Abraços.

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