Se os homens atacam, são criticados; se não atacam, são gays!

sábado, 25 julho 2009, 19:58 | | 2 comentários
Postado por Fábio Betti 

Nelson Rodrigues dizia que toda unanimidade é burra. Parodiando o velho dramaturgo, eu diria que toda generalização é burra. Esse negócio de dizer que o homem deve “atacar”ou chegar de mansinho é uma dessas burrices sem tamanho. A questão principal não deveria ser a atitude x ou y, mas a comunicação que se estabelece – ou não – entre um homem e uma mulher.

Para ficar nas generalizações, eu diria que se eu encontrasse uma mulher que agisse sempre da mesma forma, eu diria que, finalmente, conheci um robô de carne e osso! Não, não estou dizendo que só as mulheres são seres volúveis. Coloco-as em foco apenas para ilustrar que julgar um determinado comportamento masculino como indicador de valores mais íntimos pode ser tão estúpido quanto esperar que tudo o que se passa na cabeça de alguém – por exemplo, uma mulher – possa ser previsível.

Então, se o sujeito “atacar”, ele pode tanto ser criticado como um grosso ou folgado, quanto ter sua tática aceita pela parceira alvo do “ataque”. Eu, particularmente, acho estranho o sujeito que já chega pegando no cabelo, cheirando o cangote ou apertando a guria contra a parede. Como essa abordagem certamente existe e, muitas vezes, dá certo, minha opinião não tem a menor importância.

E quem não “ataca”? Bem, muitas mulheres dizem morrer de amores por homens tímidos. Ele não toma a iniciativa? O “ataque” fica por conta dela! Já foi-se o tempo em que a mulher que partia para o “ataque” ganhava fama de vagabunda. Aliás, o homem que ainda pensar assim não merece mulher nenhuma, a não ser, claro, a sua avó.

Todos nós vivemos momentos onde nos sentimos mais abertos a uma aproximação e outros onde nem mesmo Jesus Cristo seria capaz de tocar nossos corações. Tudo depende de um negócio mágico chamado identificação, que acontece quando uma pessoa, de repente, se sente aberta à tática de aproximação adotada por outra. Tem gente que chama isso de química. Para mim, a explicação está no ditado popular “juntar a fome com a vontade de comer”. E aí, ousada ou passiva, para que a abordagem tenha o resultado esperado, basta que os dois envolvidos sigam o chamado de seus instintos ou, pelo menos, ajustem seus movimentos aos movimentos do outro. O que vai rolar depois, se a falta de educação do paquerador abusado ou a falta de iniciativa do rapaz tímido irá se manter ao longo do tempo e se vai ou não ser um obstáculo ao relacionamento, aí, já é uma outra história.

2 comentários para “Se os homens atacam, são criticados; se não atacam, são gays!”

  • Lanna baptista disse:

    Bom dia Fábio! Adorei seu texto. Me identifiquei perfeitamente com ele na situação que estou vivendo…Prefiro que o homem tome a iniciativa, e confesso que estou “confusa” achando que “já passou da hora dele se tocar”…rs agora estou vendo “o que vai rolar depois..rs se a falta de iniciativa do rapaz timido irá ser obstáculo no relacionamento. Vamos ver… onde vai dar. Novamente parabéns!

  • Fábio Betti disse:

    Oi Lanna. Sei que é muito difícil, mas a única forma de descobrir se esse relacionamento vai ou não pra frente é um dos lados se abrir para o outro – se ele não faz isso, sobra então pra você! É claro que vc corre o risco de ser rejeitada pela “ousadia”, mas, como reza o ditado, quem não se arrisca não petisca… Boa sorte!

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