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Cartas inventadas para Clarice – arte onírica à beira mar

domingo, 13 janeiro 2013, 11:26 | Tags: , , , , , | 2 comentários
Postado por Fábio Betti 
Arte onirica a beira mar_1Querida Clarice, o mar aqui é tão vasto e perfeito que minha vista não sustenta mirá-lo por muito tempo. Aliás, o próprio tempo também me parece vasto e perfeito demais para sustentá-lo. Ele não cabe no relógio, rebelde qual um cavalo selvagem, não se permite aprisionar-se na apertada caixa de cristal e engrenagens atada ao meu pulso. Abandonei-o, inútil o relógio, numa gaveta qualquer. Com o coração aos tropeços, sem relógio, sem sinal de Internet ou celular, muito longe de casa e sem me importar com o que acontece na televisão, rendi-me ao sabor dos ventos, das marés e do lento caminhar do sol, que parece ser o único por aqui capaz de revelar os mistérios do tempo. Leia mais »

A ressurreição sob as mãos de Rodin

quarta-feira, 20 abril 2011, 19:38 | Tags: , , , | Nenhum comentário
Postado por Fábio Betti 
A despeito de certa, diga-se de passagem, equivocada aura de glamour que cerca meu principal ganha-pão - como qualquer outro trabalho, uma simples combinação entre transpiração e inspiração - o fato é que, às vezes, acabo sendo realmente privilegiado com oportunidades extensivas a pouquíssimas pessoas. Este é o caso da tarefa que certa vez, me coube de gravar imagens da exposição “Porta do Inferno”, um conjunto de obras, que, claro, inclui a dita cuja, do maior escultor de todos os tempos. Ele mesmo, Auguste Rodin, em pessoa - ou melhor dizendo, em alma! Leia mais »

Viajando entre reticências e pincéis

terça-feira, 19 abril 2011, 18:04 | Tags: , , , , | Nenhum comentário
Postado por Fábio Betti 
Tenho uma dificuldade terrível com direção. Não com a direção de um automóvel, arte que aprendi a dominar. Nem com a direção de pessoas, talento que, por força da profissão, também venho toureando satisfatoriamente. Falo de sentido de orientação. A direção que responde – ou deveria responder – a pergunta: “Para que lado eu vou?” É esta sensação que costumo ter, por exemplo, quando desembarco numa estação do Metrô com múltiplas saídas. “Esquerda ou direita? Por baixo ou por cima?” Estas são perguntas que só respondo, e com muita dificuldade, com o auxílio das placas de sinalização. E, mesmo assim, acabo invariavelmente me confundindo. “Pamplona Centro ou Pamplona Jardins?” Ao subir à superfície, é muito comum me descobrir na calçada contrária à desejada. Leia mais »